RAM - 06 de setembro de 2008 - Autres Dimensions

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- Intervenção de RAM -

Sri RAM Chandra

 “Se vocês aprenderem a gerar o silêncio no silêncio, ficará muito mais fácil e rápido encontrar o silêncio no barulho”.



~ A experiência do Silêncio ~



Eu volto a vocês para prosseguir o ensinamento, através de palavras, através da Luz, através do silêncio e da plenitude.
Vamos, esta noite, abordar, de maneira mais profunda, uma série de conceitos em relação ao silêncio.
Como todas as tradições nesta Terra afirmaram e demonstraram, o silêncio é o ato essencial que acompanha os momentos espirituais específicos denominados iniciações.
Toda passagem, toda revelação, toda transformação pode ser vivida apenas através do silêncio.
Para além dessa simples palavra, quais são as noções veiculadas pelo fato de fazer silêncio e aquelas que não o são?
A primeira das coisas é compreender que o silêncio é plenitude.
O barulho é a ausência de plenitude.
As palavras, as músicas, os pensamentos, as relações fazem parte do barulho.
O barulho é feito para manter um estado.
O silêncio é feito para transformar e passar de um estado a outro.
O que significa que, para passar de um estado a outro, de densidade vibratória mais forte ou mais densa, será necessário cessar o barulho da dimensão correspondente.
Na encarnação de forma onde vocês estão, o barulho é essencialmente composto de suas palavras, do alarido de seus pensamentos, de seus movimentos e de tudo o que mantém a dualidade.
Todos os ritmos da forma e da encarnação são, por essência, duais.
Eles participam da manutenção da dualidade.
O barulho é, portanto, de essência dual.
O silêncio faz parte, quanto a ele, da Unidade.
Fazer silêncio é o primeiro passo para a parada de uma determinada manifestação que prepara uma passagem à Unidade.
Os mundos denominados espirituais são definidos pela presença da Luz e pela presença do Espírito.
O mundo dual e os mundos duais são caracterizados pela ausência dessa dimensão própria do silêncio.

***

Isso quer dizer que os mundos espirituais são silenciosos?
Não.
A passagem necessita, em contrapartida, do silêncio.
Vocês vivem, na escala individual, na escala coletiva, um momento de passagem.
Momento de passagem extremamente importante, uma vez que ela concerne ao acesso a uma forma e manifestação de vida situadas para além da dualidade.
A passagem apenas pode ocorrer no silêncio.
Vocês devem, portanto, aprender a cultivar o silêncio.
O silêncio é o elemento motor e desencadeador da passagem.
Vocês devem, portanto, buscar ativamente o silêncio.
Eu diria mesmo que vocês devem arranjar espaços de silêncio.
O silêncio não é a meditação.
O silêncio não é a oração.
Algumas meditações têm por objetivo ir para o silêncio.
O silêncio interior é algo que deve ser criado e desenvolvido.
Criar o silêncio vai passar, primeiro, pela realização e pela concretização de momentos privilegiados, onde nada mais existe no exterior: nem a palavra, nem os gestos, nem as pessoas, nem os objetos, nem as atividades.
É um momento específico ligado a uma reversão do exterior para o interior.
Esse momento deve durar, obviamente, para além de uma simples respiração.
Esse tempo e esse momento são eminentemente variáveis de acordo com os seres.
Ele deve durar certo tempo, porque é no silêncio que se manifestam a revelação, a realização, a iluminação, o Despertar, a Fusão e a Ascensão.
O silêncio é, portanto, um elemento essencial e motor de acesso à sua Divindade.
Isso poderia ser chamado de pequena morte.
Vocês devem morrer de modo temporário às suas atividades, aos seus companheiros, às suas relações, aos seus pensamentos.
Vocês devem pôr-se no silêncio para escutar a Vibração superior.
O silêncio é um feito essencial que permite a ele, sozinho, realizar, devido às circunstâncias vibratórias específicas coletivas, a situação propícia ao Despertar.

***

Aí está porque, através de minha presença e da plenitude que eu lhes ofereço, vocês se aproximam, apesar das palavras, do silêncio.
Aí está porque minhas respostas se fazem pelas palavras, mas também pelo silêncio.
Vocês irão se aperceber de que, se vocês se aproximarem do silêncio, voltando sua consciência para o interior, tornar-se-á, então, muito mais fácil parar as turbulências dos pensamentos e do mental.
No momento em que vocês decidem entrar no silêncio, o mental sofre uma sideração de sua própria atividade, porque o mental é o barulho que os mantém na encarnação.
A forma na qual vocês estão é uma criação de seu mental, antes de ser uma criação específica de experiências.
Essa criação tornou-se possível unicamente pela atividade do mental, porque não há emoções fora do corpo.
Em contrapartida, existe um mental fora do corpo.
Mental que é, ele mesmo, subdividido em duas porções: uma porção extremamente vibrante, que vibra bem além dos limites da encarnação e que é a representação do Espírito; e uma outra parte, ligada à adesão a crenças específicas que vão precipitar sua irrupção na forma.
Essas crenças que os precipitam no barulho da encarnação têm por nome reencarnação; têm por nome vontade de experiências; têm por nome desejo de ajudar aos outros.
Trata-se de crenças, e não de uma lei ditada pelo Espírito.
Vocês se identificaram com suas crenças.
Isso explica sua presença na forma.
Toda forma em encarnação é o resultado de uma crença.
Vocês materializam, através da forma na qual vocês estão, através da morfologia que vocês apresentam e que se deixam ver, a encarnação total de suas crenças.
A vida na encarnação, a experiência da dualidade é também uma crença que os afasta gradativamente do silêncio, mas que, inexoravelmente, como um elástico que estica e que volta ao ponto de partida, reconduzi-los-á para o silêncio.
A tensão é um barulho, a passividade é silêncio.
Vocês não podem encontrar sua Eternidade no barulho.
Mesmo que vocês tenham a oportunidade de viver alguns momentos luminosos correspondentes ao Despertar, ao encontro consciente com a Luz, não significa, entretanto, que vocês tenham chegado ao fim da experiência.
O encontro com a Luz é o início de uma experiência que deve terminar pelo desaparecimento da forma e do conjunto de crenças.

***

O melhor modo de eliminar as crenças não é, certamente, parar de crer, porque elas serão imediatamente substituídas por outras crenças, o que é próprio, até mesmo, desse nível de manifestação no qual vocês estão, que é a crença.
A crença é uma emanação do mental.
A crença é algo em que vocês creem e ela chega mesmo a fazê-los crer na perenidade da forma, se não for da sua, em todo caso, da perenidade de uma montanha, de uma pedra, de um reino inteiro.
E, no entanto, é apenas o véu do mental que recobre o pensamento.
A etapa coletiva que vocês vivem engaja-os a saírem dessas crenças.
O único modo de ali chegar é o silêncio, seja qual for, eu repito, o nível de Despertar que vocês viveram, seja qual for o modo pelo qual isso é revelado e realizado, vocês, no entanto, não chegaram.
Entretanto, a experiência do silêncio aproxima-os a grandes passos do objetivo.
Lembrem-se de que isso se atém à época e ao momento no qual vocês evoluem.
O silêncio é plenitude.
É um lugar onde a Luz não pode encontrar obstáculos.
É um lugar onde a Luz se torna, de algum modo, completa, fixa e imutável.
Vocês devem se esforçar, a cada dia, para repousar no silêncio.
De fato, o silêncio é regeneração.
O silêncio é, portanto, plenitude, Luz e regeneração.
Assim, eu lhes proponho, antes de abrir um espaço de questionamentos, para preencher nosso espaço de manifestação pelo silêncio.
Vamos viver isso, agora, antes que eu os engaje a entrar nas perguntas.

... Efusão de energia ...

Vamos, agora, sair desse silêncio para acolher suas perguntas.
Mas vocês vão, também, aperceber-se de que, uma vez feita a pergunta, a resposta encontra-se no silêncio.
Quem quer, efetivamente, começar esse jogo de questões?

***

Questão: como manter o silêncio na vida material?

Eu começarei respondendo pela resposta do silêncio.

... Efusão de energia ...

A resposta das palavras é ainda mais simples: se vocês aprenderem a gerar o silêncio no silêncio, tornar-se-á extremamente mais fácil e rápido encontrar o silêncio no barulho.
É preciso, para isso, um treino extremamente modesto: aproveitem dos momentos de calma, de calmaria, para viver o silêncio.
Assim que vocês tiverem vivido a reversão que acompanha a passagem do barulho para o silêncio nos momentos de barulho restritos, tornar-se-á extremamente fácil reencontrar esse estado, qualquer que seja a algazarra do mundo, quaisquer que sejam os constrangimentos impostos pelos objetos ou pelas pessoas.
Eis, agora, a resposta da Luz:

... Efusão de energia ...

Outra questão.

***

Questão: a parada do movimento amplifica a experiência do silêncio?

Não é uma obrigação, mas isso pode ser necessário para algumas pessoas, em particular para aquelas que têm o hábito de acompanhar as palavras com movimentos do rosto, dos músculos, dos braços.
Isso se vê em alguns temperamentos onde não pode haver palavras sem gestos.
Agora, se vocês ficarem sem gesticular, vocês podem ser levados a exprimir pensamentos que os afastam do silêncio.
Portanto, isso é um negócio de caso pessoal.
Agora eu lhes dou a resposta pela plenitude.

... Efusão de energia ...

Outra questão.

***

Questão: o silêncio pode permitir atenuar os medos e os sofrimentos?

Resposta das palavras: o silêncio é transcendência.
O silêncio é suspensão dos medos e do sofrimento.
Se vocês se mantiverem suficientemente no silêncio, o sofrimento desvanecer-se-á, qualquer que seja sua causa.
Para as pessoas em sofrimento, esse é um guia precioso que vai permitir-lhes saber em qual momento vocês atingem o silêncio, porque, naquele momento, o sofrimento não pode mais se manifestar à sua consciência.
Eis a resposta do silêncio e da Luz ao mesmo tempo:

... Efusão de energia ...

***

Questão: períodos de silêncio podem ser vividos na alegria e na plenitude?

Tudo isso é inteiramente Verdade.
O silêncio, associado à reversão, é o lugar onde vocês podem viver os estados místicos mais autênticos.
O Samadhi, o Êxtase, a Íntase, é um momento de silêncio intenso.
Eis a resposta:

... Efusão de energia ...

Outra questão.

***

Ndr: nenhuma pergunta.

***

Através de diferentes vindas, vocês começam a experimentar a passagem do barulho ao silêncio e do silêncio ao barulho.
Isso é destinado a fazê-los perceber os mecanismos íntimos e as engrenagens que permitem passar de um ao outro e do outro ao primeiro.
Há um fenômeno bem real de aprendizagem do silêncio.
As próprias variações da intensidade das respostas pelas palavras, pela Luz, pelo silêncio ou pela plenitude põem sua consciência e seu corpo no fenômeno do aprendizado para a realização do silêncio.
Isso é, certamente, a parte mais importante do que eu tinha que dar e transmitir a vocês.
Obviamente, isso faz parte de minha Radiância e de minha orientação junto a vocês.
Lembrem-se do que eu lhes dizia ontem, quanto à inserção em vocês dessa gota, desse cristal, que os conecta com minha Essência.
Isso não é uma ilusão, mas uma Verdade essencial.
Eu os ajudo, através disso, a irem para o silêncio e para a plenitude, pois é o único objetivo aqui embaixo.
Vocês buscam primeiro a Luz, em seguida, o Despertar e, em seguida ainda, a realização.
Isso já é extraordinário em si, principalmente nesse mundo da forma e da dualidade.
Isso mostra a potência e a tenacidade do que vocês são.
Além disso, vocês devem conectar novamente com sua Fonte, com sua origem, sua filiação e sua afiliação.
Isso é possível pelo silêncio, que permite alegria, plenitude, subida na vibração e a essência que vocês são.
Então, eu lhes proponho agora para viver, não mais o silêncio, mas a Comunhão do silêncio, porque no silêncio também se encontra a eliminação da distância entre as consciências, tanto entre suas diferentes consciências como entre a totalidade de suas consciências com a totalidade das outras consciências vividas até agora como exteriores a vocês.
Então, desde já, vamos viver isso e, desde já, eu lhes digo Paz, Amor e fraternidade.
Vivamos isso alguns instantes, antes que eu os deixe por esta vez.

... Efusão de energia ...

Recebam minha Paz, recebam a Graça e recebam a plenitude.
Trabalhem para esse silêncio, e eu lhes digo até muito em breve.


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Mensagem do Venerável RAM no site francês:
06 de setembro de 2008

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Versão do francês: Célia G.

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Transcrição e edição: Zulma Peixinho


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