O.M. AÏVANHOV - 13 de julho de 2007 - Autres Dimensions

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 - E BEM, CAROS AMIGOS... -



Bom dia a todos.
Vou, como de hábito, escutar suas questões e tentar dar todas as Luzes possíveis em relação às suas interrogações.

***

Questão: o fato de eu ter problemas financeiros em minha atividade profissional é um sinal de que não estou mais em meu lugar?

Cara amiga, é importante, hoje, mais do que nunca, sentir-se no bom lugar, qualquer que seja a retribuição.
Então, haverá pessoas que estão em lugares que não lhes parecem bons e, no entanto, terão muitas retribuições.
Outras estarão em seu lugar, mas vão sentir que sua retribuição não está em relação com a intensidade do trabalho fornecido.

O mais importante hoje, mais do que nunca, é sentir-se em seu lugar.
É, sempre, dado o necessário, mas, jamais, mais.
É importante compreender que os modos de funcionamento da sociedade que vocês estabeleceram entram, agora, no reino do «sempre mais»: sempre mais dinheiro, sempre mais prazeres, sempre mais disso ou daquilo e, a cada vez que isso é mais, é menos espiritualidade.

Então, se vocês têm a chance de ter uma atividade que nutre sua alma, antes de nutrir seu corpo, então, é isso o mais importante, mesmo se, por vezes, efetivamente, seja, por vezes, mais difícil encher os bolsos.
Mas é melhor preencher a alma, creiam-me.

***

Questão: como escolher entre o desejo de desembaraçar-se de uma doença e o fato de aceitá-la?

A resposta far-se-á em dois níveis.
É preciso, efetivamente, compreender que a encarnação, nessa dimensão, acompanha-se da noção de doença.
Então, é extremamente sedutor encontrar as causas profundas das doenças, quaisquer que sejam, quer elas sejam situadas nas esferas mentais, emocionais ou em outros níveis.
É, sempre, importante para o ser humano nesse corpo encontrar uma justificação.
Essa é uma primeira parte do caminho, e inúmeros de vocês o fizeram, durante certo número de anos.
É, como dizer, perfeitamente louvável, porque há necessidade de dar um sentido ao sofrimento.
Isso sempre existiu, não é?

É preciso, efetivamente, compreender que, hoje, dadas as vibrações que estão sobre este planeta, inúmeras doenças aparecem ou desaparecem, independentemente de sua vontade pessoal.
É importante compreender que, a um nível de consciência, é importante lutar contra a doença.
Em outro nível de consciência, que muitos de vocês integraram, é preciso, primeiro, compreender porque a doença está aí, não, unicamente, ao nível das causas orgânicas, mas, também, psíquicas, ou seja, que vão dar os elementos de compreensão, porque vocês têm essa doença.
Vocês vão, portanto, resolver algo e lutar contra a doença, não agindo sobre a doença, mas sobre a suposta origem dessa doença.
Isso é muito louvável, também.

Mas há outra fase, na qual a doença é considerada como parte da encarnação, na qual a doença tem algo a dizer-lhes.
Mas, também, é preciso admitir que a doença é uma quintessencialização de seu ser, ou seja, através do sofrimento da doença, é dado algo à alma, que é uma alavanca extraordinária de elevação e de purificação.
Isso faz parte, também, do jogo da encarnação.

Então, se vocês adotam esse ponto de vista, é importante, nesse nível de consciência, não procurar o porque do como de uma doença e não mais procurar lutar contra a doença ou contra as causas, mas, efetivamente, considerar essa doença como um fator evolutivo.
Quando vocês consideram essa doença como um fator de transcendência e de evolução, então, a doença poderá afastar-se de vocês sem, contudo, lutar contra.

Volta-se, sempre, à mesma frase: «busquem o reino dos céus, e o resto ser-lhes-á dado de acréscimo».
Quanto mais seu nível de consciência ampliar-se, mais é importante passar nessa noção de dimensão.
É preciso não ver a doença como uma punição, mesmo se, efetivamente, a maior parte das doenças não chegue, jamais, por acaso, há, sempre, uma justificação em algum lugar.
Mas ver isso assim é permanecer na dualidade: ver o que é luminoso e o que não é luminoso.

Hoje, é-lhes solicitado passar além disso, é-lhes solicitado dizer-se «a doença está aí, eu sei porque ela está aí».
A questão é «eu vou lutar contra a doença» ou interrogo-me, unicamente, sobre a qualidade da vibração de minha alma e continuo a subir de vibração em vibração e a doença fará o que ela quiser.
Geralmente, se vocês sobem, realmente, em vibração, a doença não poderá acompanhá-los, ela será obrigada a soltar, obviamente.
Então, a solução verdadeira está nesse nível.
Mas é verdade que, de vida em vida, vocês tomaram, nós tomamos o hábito de procurar as causas, de procurar porque algo não está na linha reta da Luz, é a justificação normal, evidentemente, do ser humano, e é assim há milênios e milênios, mas as coisas estão mudando, muito rapidamente.
Aí está a resposta que eu posso dar.

***

Questão: como fazer quando o cônjuge não se interessa pelo caminho espiritual?

Infelizmente, não há preconizações para que uma pessoa decida abrir seu caminho.
É uma questão eminentemente íntima, e o cônjuge está mal colocado nesses casos para ser aquele que vai iniciar o caminho.
Ou os dois começam o caminho, ou há um no caminho e o outro está na reação em relação a isso.
Geralmente, a reação está ao oposto, porque a relação a dois faz com que, quando os dois estão de acordo, é perfeito, mas quando um busca o espiritual, o outro vai buscar o material.
E, infelizmente, o parceiro, nesse caso, é, certamente, o ser o mais mal colocado, eu diria, para pôr o outro em uma forma de abertura de caminho.
Isso é geral.

Agora, é preciso, efetivamente, compreender que essa pessoa é completamente livre de suas escolhas e de entrar em um caminho ou outro.
A partir do momento em que se é dois, eu concebo que isso possa ser difícil, mas a maior abertura é, também, aceitar que o outro não seja, necessariamente, como se gostaria que ele fosse.

***

Questão: como superar os sofrimentos ligados às perturbações atuais?

O efeito desestabilizador é ligado, unicamente, ao olhar portado.
É solicitado, hoje, mais do que nunca, quaisquer que sejam os eventos exteriores, quaisquer que sejam as perturbações ligadas aos elementos, quer sejam as perturbações ligadas ao humano, quaisquer que sejam, o importante é que todas as perturbações que estão aí e que os afetam em graus diversos não são feitas para serem esquecidas, mas para serem transcendidas.

Como transcender tudo isso?
Obviamente, quando se sente o sofrimento de algo que se produz, tem-se a impressão de ser submerso por aquilo.
O único modo é o de voltar-se para seu ser interior, o que não quer dizer excluir-se do mundo, longe disso, isso quer dizer, simplesmente, reforçar sua conexão com sua essência, com sua unidade.
Naquele momento, torna-se muito mais fácil enfrentar porque, progressivamente e à medida que vocês entram em sua essência interior, em sua unidade, em sua irradiação de ser, progressivamente, vocês entram na alegria interior, nessa fluidez, nessa unidade.

O exterior, qualquer que seja, mesmo o mais dramático, não pode mais tocá-los.
Então, com esse sofrimento que vem do exterior, é importante voltar-se, ainda mais, para o interior, para encontrar a indizível alegria que habita em todo ser humano ao nível do coração.
A solução está, unicamente, nesse nível porque, se vocês querem lutar contra, é como a doença, vocês ali não chegarão, porque o exterior será cada vez mais perturbado, aí, agora.

Então, é preciso adotar uma atitude interior perfeita, uma atitude que os aproxima de sua dimensão de ser.
Tudo isso está aí apenas para isso.

A grande lição que vocês vão viver é, justamente, esta: quaisquer que sejam os distúrbios exteriores (e eu chamo de exterior tanto a família como o mundo, como o universo, como os próximos, como os inimigos, como os amigos, isso não tem qualquer importância), tudo isso deve ser transmutado à Luz interior.
Vocês transmutam, quando tocam sua essência, vocês irradiam a alegria e, naquele momento, o exterior não tem mais importância alguma.

Todos, aqui, têm vivido, em graus diversos, experiências de vida, de fusão com seu ser interior.
Isso, talvez, tenha durado um bilionésimo de segundo ou algumas semanas, mas, naquele momento, vocês são a Fonte.
Nada mais do exterior pode atingi-los.
Isso não quer dizer que o exterior não lhes importe, isso quer dizer que sua irradiação e sua qualidade de ser atinge tal nível, que nada mais pode afetar essa irradiação de ser.
É isso que é preciso encontrar hoje.

Então, para nada serve pôr velas para proteger-se, totalmente, desse exterior.
Ele está aí, obviamente.
Então, por vezes, vocês têm a impressão de que esse exterior incomoda-os para encontrar seu interior, sua essência interior, porque seu olhar está, ainda, demasiado voltado para o exterior, simplesmente.
Se ele estivesse mais voltado para o interior, vocês não se aperceberiam, de modo algum, qualquer influência desse exterior sobre seu ser interior.

***

Questão: como não ser cortado do sentido do sagrado?

Então, isso é algo que é extremamente corrente no desenvolvimento espiritual do ser humano.
Vem uma época, na qual vocês reencontram a Luz, quer vocês a chamem de felicidade, sentido do sagrado, Samadhi, Êxtase, Íntase, não importa.

Há, a um dado momento, que deve ser lembrado, no qual vocês reencontram, de maneira total, consciente, a Luz, que cada um vai traduzir com as próprias palavras.
Infelizmente, essa experiência vai durar, conforme as pessoas, de alguns minutos a algumas semanas, raramente mais porque, depois, vocês recaem a um nível vibratório que era o seu antes, mas vocês vivem com a lembrança de sua experiência e, portanto, sua esperança é a de reproduzir esse estado.

Mas, para reproduzir esse estado de modo estável e definitivo, de algum modo, há, ainda, um trabalho a fazer, que é, também, o soltar, ou seja, enquanto vocês dependerem de circunstâncias exteriores, enquanto atribuírem às circunstâncias exteriores a dificuldade para reencontrar esse estado, é que vocês não estão, suficientemente, voltados para o interior.

Então, não é uma questão de meditar mais longo tempo, não é uma questão de orar mais longo tempo, é uma atitude da consciência, que deve voltar-se, totalmente, para o divino.
É, também, o abandono à Luz porque, quando se vive a primeira experiência da Luz, vive-se essa experiência nada tendo abandonado.
Tem-se a impressão de que se vai manter seu pequeno conforto e sua pequena vida, mas a Luz, quando ela se instala, é um cataclisma.

Olhem os místicos, olhem na igreja católica, olhem em todas as tradições, os seres que tiveram a revelação da Luz.
Houve um antes e um depois, em todo caso, para aqueles que permaneceram na Luz, para os seres particularmente missionados.
Mas aqueles que vivem a experiência da Luz que, depois, voltam às vidas normais, não têm mais do que apenas uma esperança: é a de reencontrar esse estado.
Mas reencontrar esse estado necessita de um trabalho que não é insuperável, mas um trabalho de abandono.

Abandonar-se à Luz é outra coisa que viver a experiência da Luz.
Isso necessita do que fez Cristo na cruz: «Pai, que sua vontade faça-se, e não a minha».
Isso é importante.
Então, vocês vivem com a lembrança, mas a lembrança não é a experiência, obviamente.
Então, vocês passam seu tempo, através das leituras, através das meditações – o que é muito louvável, eu repito – a procurar a experiência que vocês viveram.

A experiência está aí, em seu coração, ela espera apenas uma coisa: que vocês se abandonem, totalmente, a ela e, isso, é uma escolha da consciência, isso não depende de uma técnica.
É aceitar ver sua vida dissolvida, é, de algum modo, uma pequena morte.

A passagem à ressurreição e não à iluminação necessita de morrer.
É preciso morrer para quê?
Morrer para si mesmo, morrer para o que se construiu, morrer para o que se construiu ao redor de si e em si e, isso, é um processo químico, também.
Não é, unicamente, um processo energético e de consciência.
É preciso, para isso, abandonar-se, totalmente, para entrar nessa mestria de Luz.

Eu falei de processos químicos, porque isso corresponde a modificações extremamente importantes ao nível do metabolismo do cérebro, isso corresponde a uma modificação de hormônios mediadores, o que vocês chamam os neuromediadores, ao nível da cabeça.
Há um hormônio, que é conhecido há pouco tempo sobre a Terra, que é o hormônio que se ativa quando da experiência de morte iminente ou quando de experiências místicas, que se chama epifisine, um hormônio secretado pela epífise (glândula pineal).
Esse hormônio vem inundar o cérebro, no momento em que há esse estado de sagrado que é vivido, esse reencontro com a Luz.
E, depois, obviamente, se as conexões não se estabelecem de maneira formal com outras zonas do cérebro, bem, recai-se ao nível da consciência comum.
Apenas quando da ativação definitiva ao nível da química do cérebro é que isso vai provocar um estado estável.

Há, também, uma conexão que deve fazer-se ao nível do cérebro com o coração, em outro nível que não o neuronal.
É um nível de consciência pura, no qual a alma toma, totalmente, posse do corpo e não, unicamente, a alma que é alojada assim, atrás, no coração, mas a alma toma posse, totalmente, de todo o cérebro e de todo o organismo.
É apenas naquele momento que o ser entra na ressurreição ou nos Samadhi, se preferirem, ou iluminação do Supramental.
É um estado que viveram inúmeros sábios orientais, Muktananda, por exemplo, Yogananda e outros.

***

Questão: qual diferença você faz entre a alma e o Espírito?

O Espírito é algo que vem para vocês, através dos processos ascensionais.
De momento, é-lhes solicitado despertar, totalmente, sua alma.
O Espírito está em outro nível.
O espírito é a centelha, o Espírito é o mesmo, em toda vida.
Há famílias diferentes, filiações de alma diferentes, mas há, ao nível do Espírito, uma unidade.
Não há família de Espíritos, há um Espírito.
O grande Espírito, que é o mesmo em todo Espírito.
Isso é outro nível ainda, está-se além da ressurreição, está-se em iniciações posteriores, eu poderia dizer, ao que vocês podem viver na encarnação.
O que vem para vocês não é a dimensão da alma.
O que vem para vocês, atualmente, em seu Sistema Solar, é a dimensão do Espírito, e vocês apenas poderão reencontrar o Espírito se já reencontraram sua alma.

***

Questão: então, como reencontrar a alma?

Não há técnica para isso.
É algo que é a aceitação da vontade da alma.
O problema é que, através do jogo da encarnação, os seres humanos afastaram-se da própria alma.
A alma está mais ou menos distante da manifestação na personalidade, para outros, ela está muito próxima.
Ela se torna próxima quando vocês vivem a experiência do sagrado, quando virem a experiência mística de «tudo é amor» e, depois, vocês recaem.
Esse é o primeiro contato, real, com a alma, mas não com o Espírito.
O contato com o Espírito necessita de ter, já, contatado a alma, ter ativado todos os chacras, feito subir a Kundalini, constituir o corpo de Luz.
Naquele momento, vocês podem ser regados pela fonte de cristal, que é o Vajra dos tibetanos, que corresponde à fonte de Luz que vem regar sua alma.
Isso é o Espírito.

***

Questão: para reencontrar a alma, é necessário cortar todas as nossas relações, nossos apegos?

Isso depende do que você chama «cortar».
Não é questão de fazer a faxina para o vazio ao redor de si.
É questão de cortar de maneira totalmente diferente, ou seja, voltar o olhar para o interior.
As relações jamais foram obstáculo para a primeira experiência.
Em contrapartida, a um dado momento, será preciso fazer como Cristo disse aos seus apóstolos: «deixem os mortos enterrarem os mortos» e, aí, efetivamente, será preciso saber o que é que é o mais importante.
Mas ninguém, jamais, pedirá a vocês para suprimir marido, mulher, filho, família, casa, automóvel.
Não foi isso que eu disse, tudo isso é uma atitude ligada à consciência, em primeiro lugar.

Há místicos que foram casados, que tiveram filhos.
Mas é verdade que, em diferentes tradições, eles estiveram sozinhos, porque é muito mais fácil ser sozinho do que estar acompanhado nesse caminho.
Então, há, nesse momento, tolices que são ditas para reencontrar a Luz: é preciso ser dois, é preciso encontrar a alma irmã, a alma gêmea, a família.
Isso são tolices, porque a Luz, é preciso encontrá-la no interior de si, unicamente no interior de si.

Não se vai procurá-la no outro, isso é uma heresia.
Se não se encontrou em si, não se vai encontrá-la no exterior.
Em contrapartida, se vocês a encontraram em si, vocês vão encontrá-la em todo ser humano.
Vocês a perceberão por trás das vicissitudes da encarnação daquele que não encontrou a Luz, entretanto, é real.
Então, não há regra estabelecida.

Não é porque vocês vão cortar as relações com papai, mamãe, ’s filhos, a mulher, o marido que vocês vão encontrar a Luz.
Não é fechando-se em uma caverna que vocês vão encontrar a Luz.
Há os que permaneceram muito tempo, eles continuam esperando.
Não é função de circunstâncias exteriores é, unicamente, função de seu olhar interior.
É isso o mais importante.

Entrar em contato com sua alma vai traduzir-se por um estado de êxtase e, também, pela ativação de algumas funções que os orientais chamaram os poderes da alma, os Sidhis.
Os Sidhis são a ativação de marcadores do contato com a alma.
É a construção do Antakarana.
É a possibilidade de ouvir o som da alma, esse som da alma que é ouvido no ouvido esquerdo.
Há sete sons diferentes.
O importante é compreender como as energias que estão aí, que entram em vocês, em nós, como elas podem despertar a alma.
Para isso, é preciso voltar-se para o coração, onde se encontra a alma.

O Pai encontra-se na divindade interior, ao nível do peito, mas, também, com um retransmissor na cabeça.
Em contrapartida, sua alma não se encontra na cabeça, ela se encontra no coração.
O Espírito encontra-se no coração e na cabeça, mas isso é uma etapa ulterior.

Então, convém portar a consciência, a atenção, a concentração, o mais possível, para o coração, para que a energia que chega pela coroa desça ao coração.
Vocês sentirão a vibração do chacra cardíaco, naquele momento vocês entrarão no êxtase.

***

Questão: como ampliar as vibrações do coração e da consciência?

Voltando-se para seu coração, simplesmente.
Porte sua consciência no coração, simplesmente.
Porte sua consciência onde se encontra a divindade.
Hoje, vocês estão na irradiação do que se chama o Espírito Santo.
Vocês recebem essa Luz há vinte anos agora.
Essa Luz chega pelo chacra coroa.
Hoje, é-lhes pedido, o mais possível, portar essa energia no coração, para abrir o coração, e é tudo, não há técnica.
Não é um mantra que vai abrir o coração, basta portar, diretamente, a consciência no coração.
É tão simples assim.

***

Questão: o que fazer quando se é confrontado com o ódio do outro?

Se você responde ao ódio por uma necessidade de proteção, você reforça o ódio.
Se você entra no amor, você reforça, também, o ódio, mas a diferença é que, naquele momento, o ódio não pode mais atingi-lo.

Então, em face do ódio, em face do descaso do mundo, em face daqueles que não compreendem para o que vocês se inclinam, é importante progredir na elevação espiritual e vibratória.
Se você recai no jogo da oposição, se recai na proteção do vale tudo, você reforça, ainda mais, o ódio, e o impacto sobre você será maior, mesmo se tenha a impressão, em um primeiro tempo, de estar protegido.

S Luz nutre-se de Luz, a sombra nada pode contra a Luz, quando a Luz cresce, a sombra pode algo contra a Luz quando a Luz interessa-se pela sombra, isso é muito importante para os tempos que vêm.

***

Questão: o que você chama «sombra»?

A sombra é a oposição à Luz.
A sombra é da Luz que não é etérea.
A sombra é o que é divisão, dualidade.
A Luz é o que é unidade, amor.
A sombra é o que é ausência de amor.
A sombra e a Luz, nessa dimensão em que vocês vivem, vive-se em oposição.
Há dimensões nas quais a sombra não pode existir, porque a Luz está por toda a parte, a Luz toma todo o lugar.
No mundo que vocês experimentam, a Luz não está por toda a parte, longe disso.
A sombra tomou uma importância fenomenal, e é apenas através da ausência da Luz que vocês concebem a sede da Luz.
É o jogo da encarnação, tal como foi decidido por instâncias superiores, digamos.

Então, em seu mundo, hoje, que é um mundo em transição, que vai funcionar, em muito pouco tempo, com regras diferentes, é-lhes solicitado, agora e já, aceitar as regras da nova dimensão, na qual a sombra não existe.
Então, como vocês querem entrar na Luz, onde a sombra não existe, se passam seu tempo a encontrar o que é da Luz e o que é da sombra?
Vocês fazem o jogo da dualidade e, portanto, o jogo da encarnação.
A experiência da Luz que vem para vocês é uma experiência não dual, é uma experiência de unidade, de transcendência, na qual não há qualquer lugar para a sombra, há lugar apenas para a irradiação do amor.

Então, é preciso, agora e já, apreender isso e entrar nisso quer dizer que não é preciso mais procurar, de maneira ideal, não ver a sombra, mas ver apenas a Luz.
Para tornar-se um pouco como uma criança que vê tudo com o olhar novo, com um olhar no qual tudo é Luz.

***

Questão: o que vai acontecer em 27 de dezembro?

É uma passagem cósmica. Como vocês tiveram no ano passado, com os cometas que passaram muito próximos da Terra.
Os cometas são ligados à energia Micaélica, é a energia do fogo de Miguel que se derrama sobre a Terra.
O evento que corresponde ao fim desse ano de 2007 é capital, na evolução da humanidade.

Então, eu sei que inúmeros seres fizeram referência ao aparecimento de um novo planeta, de um novo Sol, outros, ainda, do basculamento dos polos.
Pode ser tudo isso ao mesmo tempo, como nada de tudo isso.
O mais importante é que as influências do Sol Central da galáxia vão encontrar-se multiplicadas.
Então, vocês, seres humanos, vão ali responder ao seu modo, ou abrindo, ainda mais, seu coração e sua cabeça ao Espírito, ou recusando, e os planetas vão fazer a mesma coisa.
No caso de um planeta que aceitaria a totalidade da irradiação do Sol Central, efetivamente, vocês assistirão à transformação de um planeta em sol.
No mínimo, vocês terão influências climáticas extremas, mas, também, na consciência, que serão, de qualquer modo, extremas.

Isso são eventos que vão, eu repito, depender da reação de cada ser humano.
Nós não podemos dizer, de maneira definitiva, que tal dia, a tal hora, acontecerá isso.
Tudo o que eu posso, simplesmente, dizer, é que vocês entraram agora, totalmente, nos tempos da transformação.
Não é em dez anos, não é em vinte anos, não é em cinco anos, é agora.
Esse agora que se estende desde alguns dias e até alguns meses, mas não mais, e tudo é possível durante essa transformação, uma vez que é uma transformação.

Mas eu não posso definir os quadros disso.
Eles serão adaptados, progressivamente, em função das respostas da humanidade, mas, também, dos planetas.
Se vocês não estão prontos agora, vocês não o estarão, jamais.
Não vale a pena esperar.
Há os que se sentem prontos há dezenas de anos, e eles verão que não estão prontos, no momento em que isso acontecer.
Há outros que se dizem «não estou pronto» e que estão prontos.
Tudo depende da faculdade de abrir seu coração, unicamente disso.
A abertura do coração é, necessariamente, o soltar.
O coração apenas pode abrir-se se há, efetivamente, o soltar.

Caros amigos, creio, agora, que vou deixá-los e reencontrá-los amanhã.
Eu lhes dou minha bênção.
E, sobretudo, não se esqueçam de que o mais importante é o que acontece em seu peito, no interior de seu ser.
Aproveitem da intensidade do Espírito que desce para vocês para acender a energia da alma, para que essa alma possa iluminar, por sua vez, seu corpo e sua personalidade.
Para isso, é preciso entrar na essencialidade, isso é muito importante.
Eu lhes dou minha bênção e eu lhes digo até muito em breve.


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Mensagem do Venerável OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:

https://issuu.com/ultimasleituras/docs/195-om_aivanhov-13_juillet_2007-art

13 de julho de 2007

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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com

Postado por Célia G. 

***

Transcrição e edição: Andrea Cortiano e Zulma Peixinho

www.portaldosanjos.net

 

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