O.M. AÏVANHOV - 06 de julho de 2006 - Autres Dimensions

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- E BEM CAROS AMIGOS... -



Bem, caros amigos, eu estou extremamente contente de reencontrá-los, faz muito tempo que nós já nos vimos, então, esta noite, vamos ajudá-los a caminhar um pouco mais em algo que iria ao sentido da leveza, ao sentido do prazer e ao sentido da Divindade, obviamente.
Então, começamos, agora, a responder às suas questões.
***
Questão: como aliviar os pesos que nos incomodam em nossa vida?
Não se pode aliviar os pesos, por definição, é um peso.
O peso é um peso, como foi dito em várias intervenções, não nas minhas, mas, por exemplo, há algo de extremamente importante em «os diálogos com o anjo» (livro de Gitta Mallasz).
Há ensinamentos que são dados pelo anjo que vem dizer que o peso é a medida da encarnação, então, não se pode aliviar um peso, pode-se apenas suprimir um peso, e o único modo de suprimir o peso é, não aliviá-lo, é superar o peso, é transcender o sentido da medida do peso.
O que é peso representa algo que os atrai, pelo efeito das forças de gravidade, para um peso, para algo que é difícil de suportar para a alma.
Agora, uma dificuldade não tem, necessariamente, necessidade de ser aliviada, porque é muito difícil de aliviar algo que é pesado, pode-se apenas transcender o que é pesado, ou seja, desembaraça-se do peso em todos os sentidos do termo em que se desembaraçar do peso quer dizer que o que é pesado não deve mais estar na consciência.
Agora, há, efetivamente, eu diria, eventos que intervêm e que fazem com que o peso esteja aí, o peso está aí, não tanto, eu diria, para tornar-se cada vez mais pesado, o peso está aí para atrair a sua consciência sobre o que tem necessidade de ser transcendido, de ser superado.
E, obviamente, não é na mudança de intensidade do peso que se encontra a solução, é na transmutação total do que é o peso.
Então, diz-se, frequentemente, na expressão popular, «aliviar o fardo».
O peso é feito para ser transcendido; o peso é feito para ser descarregado dos ombros, coloca-se o fardo, mas não se alivia o fardo, porque ele continua aí, mesmo estando mais leve.
O objetivo é o de depositar, diretamente, o fardo, de suprimir o peso, de transcendê-lo, mas não de aliviá-lo.
Essa palavra ilustra, perfeitamente, que, agora, você põe uma limitação nas suas palavras, ou seja, você imagina que o peso pode ser ligeiramente menos pesado, mas que, em caso algum, você pode suprimi-lo, o que é um erro fundamental.
Cara amiga, o que você chama de fardo ou de peso é algo que deve ser entregue nas mãos do seu anjo guardião, é algo que deve ser entregue nas mãos do seu anjo, nas mãos de seres que a acompanham porque eles são mais capazes de tomar-lhe o fardo.
Obviamente, há circunstâncias específicas, por exemplo, Cristo, na cruz, que disse ao seu pai: «Pai, afaste esse cálice de mim», entretanto, ele é obrigado a beber o cálice até o fim, mas isso é outra história.
Agora, o ser humano, hoje, no seu caminho, nessa vida, a partir do momento em que ele considerar que o fardo é muito pesado, é preciso que ele considere que o fardo e o peso não são ele, que ele considere que o peso e o fardo podem ser confiados, depositados naqueles que serão capazes de tomar a carga.
Isso se chama, não uma oração, isso se chama, simplesmente, delegar o que é desagradável, pedir ajuda, pedir para que ilumine vocês em relação ao que faz peso, ou seja, o que os impede de serem leves, de algum modo.
A leveza necessita, efetivamente, de depositar os pesos.
Não se desembaraça de um peso interessando-se pelo peso, desembaraça-se de um peso, obviamente, transcendendo o peso, ou seja, quando é preciso dar o peso ao anjo que dele vai se ocupar.
Obviamente, na condição de que o peso não esteja ligado a um erro voluntário ou a um elemento cármico muito específico em relação a algo que teria sido feito no passado.
Agora, a maior parte dos pesos que nós imaginamos serem pesos quando estamos na encarnação são construções aberrantes, eu diria, do mental, e nada mais.
Os pesos são, em outros termos, criados por nós mesmos, elaborados por nosso mental, mantidos pelo mental.
Aí está a verdadeira origem do peso.

É por isso que desembaraçar-se do que foi criado por nós mesmos é muito difícil.
É preciso entregar a noção de peso àquele que pode nos ajudar, ou seja, o anjo guardião, ou seja, os seres de Luz, e entregar aos pés deles nossos pesos, pedindo a eles para tomarem nosso peso, o que não impede, obviamente, a noção de desembaraçar-se si mesmo, mas isso, também, é outra história.
***
Questão: como gerenciar defasagens com o cônjuge?
Caro amigo, a partir do momento em que uma das duas pessoas que constitui um casal e, hoje, mais do que nunca, nesse Século XXI (até o Século XIX os casais eram unidos em relação a um fenômeno básico que era chamado de sobrevivência no dia a dia), com a transformação que é espiritual, a maior parte dos casais que se fundiu há vários anos (que eram baseados em modos de funcionamento que, à época, eram conformes a um ideal comum) está, hoje, cada vez mais afastada, geralmente, porque uma das pessoas no casal começa a abrir a consciência para outros modos de funcionamento, para outros mundos de realidade e o outro, obviamente, não crê nisso.
Mas há, também, seres que estão em um caminho espiritual e, a um dado momento, há um dos dois que descobre uma verdade que o outro não concebe como uma verdade, mas, mais, como um erro.
Obviamente, nesses mundos de transição, nos quais vocês vivem na terceira dimensão, os caminhos não são inexoráveis.
Antes, as pessoas eram unidas para a vida.
Hoje, vocês são unidos o tempo da experiência, e a experiência, por vezes, deve parar, porque os caminhos divergem.
É preciso aceitá-lo, simplesmente: não há compromisso, eu diria, que seja possível, na condição, obviamente, de respeitar a liberdade individual de cada um.
Mas é preciso, efetivamente, compreender que fazer um compromisso – no nível de aceitar as visões do outro – seria, também, um erro, ou seja, querer voltar atrás, quando se fez um caminho espiritual é, também, um erro.
Não podemos esquecer o que foi feito para agradar ao outro.
Há momentos em que é preciso realmente decidir, escolher, romper e, até mesmo, cortar algumas relações.
Há casais que se separam e que continuam na dissonância.

Eu creio que, quando entidades se separam no plano afetivo, no plano relacional, no plano, eu diria, de modos de vida, não há mais lugar para cruzar o caminho, mesmo se houver, efetivamente, o que se chamam de filhos queridos que estão ali, que é preciso partilhar, mas é preferível evitar entrar em relação com alguém quando não há mais relação, é todo o problema.
Como vocês querem entrar em relação com alguém que não está mais na relação, que não está mais no seu campo vibratório, que não está mais na sua vida, que esteve, a um dado momento?
É muito difícil restabelecer um modo de comunicação.
O modo de comunicação entre duas pessoas que estavam, a um dado momento, na relação, pode voltar a tornar-se fluido após certo tempo, entretanto, pode-se separar uma relação permanecendo em uma comunicação fluida, é perfeitamente possível, mas é mais raro, eu diria.
Quando há ressentimento, animosidade, é preferível evitar a relação e, também, evitar a comunicação, o tempo para que as coisas se descristalizem, o tempo para que as coisas se resolvam com o tempo.
Mas não se pode forçar a comunicação quando há ressentimento.
A partir do momento em que houver ressentimento, de um lado ou do outro, o problema é exatamente o mesmo.
Como vocês querem se comunicar com alguém que não quer se comunicar ou, então, que quer comunicar, unicamente, a agressividade e o ressentimento?
Não é possível, vocês estão frente a um muro.
Em toda relação é o mesmo problema: para comunicar-se, é necessário haver dois, se um dos dois que não quiser se comunicar, vocês sempre poderão tentar, isso pode durar dez anos, vinte anos, uma vida ou várias vidas, isso de nada serve.
É uma perda, um desperdício, até mesmo, de energia, também, algo que não vai ao sentido da Luz.
***
Questão: qual outra técnica eu posso aprender para ajudar ainda melhor os meus próximos?
Aprender por aprender: isso de nada serve.
Por que aprender, se não é para pôr em prática?
O que não quer dizer, necessariamente, praticar, mas servir-se disso.
Se for um conhecimento puramente intelectual, isso não fará progredir a sua alma.
Será que não é mais a necessidade de satisfazer uma curiosidade de saber ainda mais coisas?

Compreenda bem, caro amigo, que o mais importante não é aprender, o mais importante é compreender, o mais importante é evoluir, o mais importante é transformar a sua alma.
Mas eu creio, efetivamente, que o verdadeiro ensinamento não é o de ensinar coisas, mas é o ensinamento que lhe mostra a sua vida, atualmente, é o prazer que você tem em fazer algumas coisas e não outras, se isso lhe parecer um peso.
Não tome a justificação de querer ajudar os companheiros ao seu redor para forçar-se a aprender ou para satisfazer uma curiosidade.
***
Questão: eu tenho a impressão de que o meu processo de canalização está mudando. Isso é real ou será que eu «desconectei»?
De qualquer modo, para conectar novos circuitos, é preciso desconectá-los antes.
Não, sem brincadeira, eu creio que se pode dizer que a abertura de novas capacidades, pode-se dizer isso assim, está ligada a uma modificação de estruturas.
Agora, os riscos, obviamente, você os conhece, os riscos são, primeiramente: «será que eu me engano, completamente?». 
Em segundo lugar, sempre em relação com isso: «será que o que se dirige a mim vem, efetivamente, de onde ele diz?».

Sempre o mesmo, a solução não é definir, intelectualmente, é claro, se isso está correto, a questão é saber, no momento em que, como sempre, há esses contatos novos que se estabelecem, «o que é que acontece no interior do corpo?», «o que sente o meu corpo?», «será que eu sinto um desabrochar, será que sinto uma fadiga, algo que me esvazia da minha energia?».
É extremamente importante compreender e, quando há novas manifestações energéticas, independentemente do estado imediato no qual isso se produza, é preciso olhar nos dias e semanas que passam: será que há transformações que vão ao bom sentido para o meu caminho espiritual, para a descoberta da minha Divindade?
A verdadeira questão está aí.
Agora, é preciso, também, estar em um discernimento, mas o discernimento não vem de uma decisão intelectual, eu diria, o discernimento virá, progressivamente e à medida em que você for confrontada com essas novas energias para saber o que é que elas desencadeiam em você e, isso, pode levar certo tempo, o que acontece no momento e o que acontece depois.
***
Questão: poderia nos falar dos Mestres dos raios?
Cara amiga, é preciso ser extremamente prudente em relação ao que se denominam seres que, assim dizendo, governam o que foram chamados de raios.
Ensinamento que, inicialmente, foi tomado, em primeiro lugar, por Helena BLAVATSKY, em seguida, por Alice BAILEY, sobre seres assim denominados Mestres de sabedoria que teriam, a partir do éter deles, a partir da Shamballa deles, desenhado ensinamentos extremamente estruturados.
Os ensinamentos que foram dados são extremamente corretos em relação ao tratado dos raios, ao tratado da astrologia esotérica.
Agora, a finalidade, eu repito, qual é?
Há, sobre a Terra, inúmeros ensinamentos.
É preciso, efetivamente, compreender que nem todos os ensinamentos são ensinamentos de Luz, não é porque eles dizem que participam da Luz ou que dão ensinamentos que são corretos que isso participa da Luz.
Agora, é preciso, especialmente frente àqueles que se apresentam como os Mestres de sabedoria, ser extremamente prudente.
Há uma série de práticas que foram feitas nesse nível; há seres que se apresentam como seres de Luz e que lhes dizem ser Cristo, e será que é, realmente, Cristo?
Ou que se diz ser Maria, e será que é, realmente, Maria?

Isso, é o sentir interior, durante o momento em que se produz essa expansão de consciência.
Então, é preciso ser extremamente prudente.
É preciso saber que houve lutas espirituais extremamente fortes com a Fraternidade Branca Universal, a Ordem dos Melquisedeques da qual eu fiz parte, ainda na minha dimensão.

Cristo é o maior neófito que possui o planeta, não haverá outro.

Há, certamente, Mestres de sabedoria, mas Mestre de sabedoria não quer dizer, necessariamente, Mestre da Luz e Mestre associado ao Cristo.
Houve lutas extremamente intensas.
Agora, o ser que vem manifestar-se a você – que eu não vejo, no momento – será que é um ser que vem, realmente, desses Mestres de sabedoria?
Será que ele é, realmente, o que ele diz?

Agora, se ele for o que ele diz, é preciso saber qual é a finalidade do ensinamento.
A finalidade do ensinamento por canalização é levá-los à realização do seu ser interior Crístico e não para orar a um Cristo que seria relegado ao Mestre do segundo raio, que é chamado de amor/sabedoria, que vocês chamam de Sananda.
Isso, são denominações das quais se serviram aqueles que não fazem parte da ordem de Melquisedeque, nem da Luz, em todo caso da Luz Crística.
Jamais se está seguro do amanhã, mas, se uma coisa for certa, uma vez que a relação foi danificada, eu diria, a um dado momento da vida de um casal, seja um ou o outro, é excepcional, extremamente raro que a relação evolua depois no caminho da serenidade, porque, geralmente, restarão cicatrizes do que foi vivido e o fato de ter aquele que é responsável pela cicatriz sob os olhos, de manhã até à noite, mesmo se tivermos a impressão de ter reencontrado uma serenidade, é uma falsa segurança, porque a cicatriz, a memória do que foi vivido está ali.
É extremamente raro que o ser humano, na terceira dimensão, seja capaz de superar períodos de crises extremamente intensas para restabelecer algo.
A ideia de voltar a partir sobre bases sólidas, sobre bases saudáveis, é uma heresia, devido, até mesmo, à constituição do ser humano.

Então, a serenidade que é vivida pode parecer ser algo que vai ao sentido da reparação, ao sentido da harmonia, mas, geralmente, muito frequentemente, muito, muito frequentemente, é apenas uma ilusão, é um bálsamo colocado para camuflar feridas muito mais profundas e ressentimentos muito mais profundos.
O que quer dizer que o equilíbrio que é reencontrado assim, é um desequilíbrio que desemboca sobre algo de muito mais importante.
Isso é quase uma constante em todas as relações, vocês podem observá-las em todos os níveis, não unicamente nos casais, entre um irmão e outro irmão, entre um irmão e uma irmã, entre colaboradores no nível do trabalho, nada pode ser como antes, ou as coisas foram ditas claramente, na primeira vez e a explosão, o abscesso é cravado, totalmente (mas isso é extremamente raro, porque a maior parte tenta entupir o abscesso e joga o jogo de «tudo vai bem») ou – e é similar em todas as relações humanas – entra-se, justamente, nessa dimensão afetiva, que é chamada, eu diria, não mais de amor, mas de uma chantagem afetiva.
Obviamente, as coisas são camufladas e, por vezes, isso dá a impressão de estar exaltado, de ser magnífico, mas, em geral, mais frequentemente, as feridas estão ali e prontas para ressurgirem na mínima oportunidade.
Então, essa serenidade é uma serenidade, eu diria, que é, na maioria dos casos, passageira.
Não se enganem, o ser humano que viveu um traumatismo e que vai viver com esse traumatismo e reencontrar aquele que está na origem desse traumatismo, não pode restabelecer a serenidade.
Mesmo o perdão, no sentido em que vocês o entendem – porque, se houvesse perdão real, não haveria tido necessidade de viver um traumatismo; se o traumatismo ocorreu é que havia uma razão de ser, e essa razão de ser não pode desaparecer de um dia para o outro, dizendo que é algo que era um erro – é bem fácil: eu quero dizer, com isso, que é preciso ser extremamente prudente.
Toda relação humana é baseada em artifícios; raras são as relações humanas que são baseadas em uma relação de autenticidade e de amor autêntico.
É, infelizmente, o caso em noventa e nove por cento dos casos
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Bem, caros amigos, eu lhes dou, ainda uma vez, hoje, a minha Bênção.
Vou desejar, eu creio, uma boa noite, e eu lhes digo até muito em breve.

Obrigado a vocês.
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Mensagem do Venerável OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:
06 de julho de 2006
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Tradução para o português: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Postado por Célia G..
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Transcrição e edição: Andrea Cortiano e Zulma Peixinho

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